DOSE PREVIDENCIÁRIA


Burnout: o esgotamento que pode garantir aposentadoria integral

Imagem: Freepik


Nos últimos anos, cresceu expressivamente o número de trabalhadores acometidos pela Síndrome de Burnout - um distúrbio psíquico reconhecido pela Organização Mundial da Saúde como doença  relacionada ao trabalho. Exaustão extrema, ansiedade, insônia, perda de memória e crises de  pânico são apenas alguns dos sintomas vivenciados por profissionais submetidos à sobrecarga,  pressão por metas e ambientes tóxicos.


Muitos desses trabalhadores chegam ao ponto de não conseguirem mais exercer suas atividades  habituais, mesmo após tratamento. Nesses casos, o ordenamento jurídico brasileiro assegura um  direito pouco conhecido: a aposentadoria por incapacidade permanente decorrente de doença do trabalho, com valor integral da média dos salários.


Enquanto a aposentadoria por incapacidade comum gera 60% da média (acrescida de 2% ao ano após 20 anos de contribuição), a doença ocupacional garante 100% da média salarial. Isso representa um impacto real na renda de quem já enfrenta limitações severas.


É preciso atenção desde o início: um bom laudo médico, histórico laboral coerente e provas do nexo com o ambiente de trabalho são essenciais. Em muitos casos, o Burnout é negligenciado ou confundido com "fraqueza", mas é uma doença séria, com consequências jurídicas importantes.


Se você ou alguém próximo enfrenta esse quadro, busque orientação especializada. A lei  previdenciária existe para proteger quem deu tudo de si... e agora precisa de amparo.

Sobre a Autora: Dra. Fernanda Reder é Advogada Previdenciarista, OAB/RJ 146.152, ex-servidora do INSS com mais de 19 anos de experiência, atua no Brasil e no exterior.

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